sexta-feira, 6 de outubro de 2023

4 de OUTUBRO - Dia de S. Francisco de Assis - "Dia Mundial da Natureza" e "Dia Mundial dos Animais".

"Chegará o dia em que todo homem conhecerá o íntimo de um animal. E neste dia, todo o crime contra o animal será um crime contra a humanidade."  Leonardo da Vinci

São Francisco - o santo 
que amava os animais.


Celebramos hoje um dos Santos que mais se assemelhou a Jesus Cristo, pela sua vida, radicalidade em viver o Evangelho, amor aos pobres, a natureza, aos animais...

São Francisco com a sua vida reconquistou a harmonia que o pecado original havia desfeito. Harmonia com o Pai Criador, com os irmãos e a com natureza, é padroeiro da ecologia. 
A revista "Time" em uma grande pesquisa o elegeu como personalidade do milênio. Tudo porque ele semeava a Paz, como um grande girassol.

O prestígio e a devoção a Francisco ultrapassam as fronteiras da fé cristã e sensibilizam pessoas das mais diferentes crenças e religiões. Ele procurava as grutas para ali rezar ao grande “Sol da Justiça: Jesus Cristo”, não se achou digno de ser padre, foi Diácono permanente. Uma alma adoradora, que chegou a receber em seu corpo as chagas do Crucificado.


O polêmico 
Francisco de Assis

Quem foi esse polêmico homem?

Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como Francisco de Assis (Assis * 5/7/ 1182+4/10/ 1226), foi um frade católico da Itália.

Filho do comerciante italiano Pietro di Bernadone dei Moriconi e Pica Bourlemont, cuja família tinha raízes francesas. Os pais de Francisco faziam parte da burguesia da cidade de Assis, e graças a negócios bem sucedidos na Provença, França, conquistaram riqueza e bem estar. Na ausência do pai, em viagem à França, sua mãe o batizou com o nome de Giovanni (João, em português, a partir do profeta São João Batista) na igreja construída em homenagem ao padroeiro da cidade, o mártir Rufino.

Assis, na Itália, onde nasceu Francisco 
batizado Giovani.

A origem de seu nome Francesco (Francisco) é incerta. Para uns, depois de uma viagem à França, onde o menino teria ficado cativado pela vida francesa, sua música, sua poesia e seu povo, seu pai teria começado a chamá-lo de "francesco", que significa "francês" em italiano.

Para outros seu pai teria feito, em vez, uma homenagem ao país natal de sua esposa, embora não haja provas de sua naturalidade francesa. Também foi sugerido que o nome foi dado por seu gosto pela língua francesa, que perdurou por toda a vida de Francisco e era em sua época a linguagem por excelência da literatura cavaleiresca e da expressão amorosa.

O menino cresceu e se tornou um jovem popular entre seus amigos, por sua indisciplina e extravagâncias, por sua paixão pelas aventuras, pelas roupas da moda e pela bebida, e por sua liberalidade com o dinheiro, mas mostrava uma índole bondosa. Era nessa época fascinado pelas histórias de cavalaria, e desejava ganhar fama como um herói.

S. Franciscode Assis * 5/7/ 1182+4/10/ 1226

Em 1202 alistou-se como soldado na guerra que Assis desenvolvia contra Peruggia, mas foi capturado e permaneceu preso, à espera de um resgate, por cerca de um ano. Ao ser libertado caiu doente, com episódios de febre que duraram quase todo o ano de 1204. Ali se apresentaram as duas afecções que o acompanharam por toda a sua vida: problemas de visão e no aparelho digestivo. Depois de recuperado tentou novamente a carreira das armas, engajou-se em 1205 no exército papal que lutava contra Frederico II, mas, por causa de um sonho (ou uma visão?) que o manda voltar a sua terra “para uma missão” regressa a casa...

Poucos dias depois, já em Assis, durante uma algazarra com seus amigos, teria sido tocado pela presença divina, e desde então, começou a perder o interesse por seus antigos hábitos de vida e mostrar preocupação pelos necessitados.

Eleito "rei da juventude" em um festejo folclórico tradicional, em vez de preparar-se para a entrada em uma vida de casado, como seria o costume, retirou-se para uma caverna a fim de meditar, acompanhado de apenas um amigo fiel, para quem revelou suas preocupações e seu desejo de obter o tesouro da sabedoria e de desposar a vida religiosa. Mas ainda era um período de hesitação. Quando tinha arroubos de devoção e os expressava publicamente, era ridicularizado.


As meditações de Francisco 
na natureza.

Certo dia saiu em um passeio pelos campos nos arredores, e ao penetrar em uma clareira ouviu o som do sino que os leprosos, proscritos pela sociedade, deviam usar para indicar a sua aproximação, e logo se viu frente a frente com o homem doente. Fazia frio e o leproso tinha apenas trapos sobre o corpo. Francisco sempre sentira repulsa dos leprosos, mas nesse momento desceu de seu cavalo e cobriu o homem com seu próprio manto. Espantado consigo mesmo, olhou nos olhos do outro, e viu sua gratidão, e enquanto ele mesmo chorava, beijou aquele rosto deformado pela moléstia. Este parece ter sido o ponto de virada em sua vida...

 Outro dia entrou para orar na igreja de São Damião, fora das portas da cidade, e ali, diz-se que, ele ouviu pela primeira vez a voz de Cristo, falando-lhe de um crucifixo.

Imagem de Francisco em mosaico da
artista paranaense Elta Martinenghi


A voz chamou a sua atenção para o estado de ruína de sua Igreja, e instigou para que Francisco a reconstruísse. Imediatamente voltou para sua casa, recolheu diversos tecidos caros da loja de seu pai e os vendeu a baixo preço no mercado da cidade, e voltou para a igreja onde tivera sua revelação doando o dinheiro para o padre, a fim de que ele restaurasse o prédio decadente. Ao saber disso o pai se enfureceu e mandou que o buscassem. Atemorizado, Francisco se escondeu em um celeiro, onde seu amigo lhe levava um pouco de comida.

Passado algum tempo, decidiu revelar-se, e diante do povo de Assis que  o acusou de preguiçoso e desocupado. A multidão o tomou por louco e divertiu-se apedrejando-o.

O pai ouviu o tumulto e o recolheu para sua casa, mas o acorrentou no porão. Alguns dias depois sua mãe, por compaixão, livrou-o das correntes, e Francisco foi buscar refúgio junto ao bispo. O pai seguiu-o e o acusou de dissipador de sua fortuna, reclamando uma compensação pelo que ele havia tirado sem licença de sua loja.
 
Francisco renúncia a herança
despindo suas roupas.
 
Para a surpresa de todos, Francisco despiu todas as suas belas roupas e as colocou aos pés do pai, renunciou à sua herança, pediu a bênção do bispo e partiu, completamente nu, para iniciar uma vida de pobreza junto do povo, da qual jamais retornou. O bispo viu nesse gesto um sinal divino e se tornou seu protetor pelo resto da vida.

 Seguido por onze amigos fiéis, funda a Ordem dos Frades Menores, que teve início com a autorização do papa Inocêncio III . Tornaram-se pregadores itinerantes, levando Cristo ao povo com simplicidade e humildade.Tinham ideais de pobreza, castidade e obediência.


Francisco funda a ordem dos frades menores.

Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais, e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo.

Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos.

Francisco serve de exemplo.

O trabalho foi tão bem realizado que, por toda Itália, os irmãos chamavam o povo à fé e à penitência. A sede da Ordem, localizada na capela de Porciúncula de Santa Maria dos Anjos, próxima a Assis, estava superlotada de candidatos ao sacerdócio. Para suprir a necessidade do espaço, foi aberto outro convento em Bolonha.

Em 1212, São Francisco fundou com sua fiel amiga Santa Clara, a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Já em 1217, o movimento franciscano começou a se desenvolver como uma ordem religiosa. E como já havia ocorrido anteriormente, o número de membros era tão grande que foi necessária a criação de províncias que se encaminharam por toda a Itália e para fora dela, chegando inclusive à Inglaterra.


Francisco funda com Clara a
ordem das Clarissas.

  Assim: Franciscanos, capuchinhos, conventuais, terceiros, clarissas e outros foram sempre recebidos com carinho e afeto pelo povo de qualquer parte do mundo.

Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.

Sua devoção a Deus não se resumiria em sacrifícios, mas também em dores e chagas. Enquanto pregava no Monte Alverne, nos Apeninos, em 1224, apareceram-lhe no corpo as cinco chagas de Cristo, no fenômeno denominado “estigmatização”.

Achando-se indigno, escondeu sempre as marcas sagradas, que só foram descobertas após a sua morte.

Em 1224, o corpo de Francisco
apresenta estigmas.

Os estigmas não só lhe apareceram no corpo, como foram sua grande fonte de fraqueza física e, dois anos após o fenômeno, São Francisco de Assis foi chamado ao Reino dos Céus.

Morreu em 4 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos. Dois anos depois, o papa Gregório IX o canonizou.

Outro painel em mosaico de São
Francisco - Elta Martinenghi

São Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma riqueza jamais igualada para toda a Igreja Católica e para a humanidade. O Pobrezinho de Assis, por sua vida tão exemplar na imitação de Cristo, foi declarado o santo padroeiro oficial da Itália em 1939, pelo papa Pio XII.

Autor do Cântico do Irmão Sol, considerado um poeta e amante da natureza.

Depois do Pai-Nosso, não há oração
mais famosa e difundida
no mundo ocidental
do que a oração de São Francisco;
 ou Oração da Paz.


Em 4 de outubro de 1226, morre Francisco de Assis,
para dois anos depois tornar-se "Santo".

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante."

Albert Schwweitzer (Nobel da Paz - 1952 )
______  ***  ______

Oração da Paz-São Francisco

ORAÇÃO da PAZ
-atribuida a São Francisco de Assis.

SENHOR!

Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Amém.

______  ***  ______

Compilado por Geni Mafra Souza

Baseado nos sites:
gentedefe.com/.../04/sao-francisco-de-assis-o-pobre-de-deus
gentedefe.com/.../dia-4-de-outubrodia-de-sao-francisco-de-assis
catolicismobrasil.blogspot.com/2010/10/4-de-outubro-santo-do-dia.html
www.saocarlosemrede.com.br/.../12257-4-de-outubro-dia-de-são-francisco-de-assis

Imagens
http://amoredimosaico.blogspot.com.br

E imagens também  da NET

2 comentários:

  1. parabens pelo seu blog, muita informacao de qualidade.

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  2. Olá vc que escreveu em 13/9

    Obrigada por acessar o blog e pelo comentário.
    Apareça mais vezes, será um prazer sua visita.
    Fique hoje e sempre na PAZ, LUZ e ALEGRIA dos Santos Seres!
    Abçs fraternos
    Gení

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